Assistam neste sábado no SC em Cena, antes do Jornal do Almoço. A verão especial de 18 minutos, do documentário "Luiz Henrique No Balanço do Mar".
O documentário resgata imagens, fotos, documentos e sons que estavam dispersos em diversos lugares. Reúne cenas gravadas em Super 8, 16mm, VHS e U-Matic recuperadas de televisões da época , escritos e fotos com imagens produzidas no formato digital. Imagens produzidas se misturam com as documentais, intencionalmente, sem uma clara delimitação. Tudo isso, costurado com um texto do próprio Luiz Henrique, na voz do ator Édio Nunes.
A obra de Luiz Henrique Rosa nasce de fato com a Bossa Nova, mas há muito mais a ser explorado além desta relação, sobretudo a sua reinserção no contexto local após a longa temporada de trabalho fora do Brasil. Nascido em 25 de novembro de 1938, Luiz Henrique parte com 11 anos de idade para Florianópolis, assumindo a Ilha como uma de suas grandes paixões.
Com pouco mais de 20 anos ingressou na Rádio Diário da Manhã, que no final dos anos 50 era considerada uma das melhores do sul do país. Ao lado de outros músicos como o compositor Zininho, o saxofonista Nabor Ferreira e os pianistas Aldo Gonzaga e Altair Castellan, Luiz Henrique desenvolveu ainda mais as suas aptidões. Na seqüência, apresenta seu próprio programa, no qual interpreta composições suas e sucessos do momento. Seu estilo intimista já antecipa a Bossa Nova que dá os seus primeiros passos no Rio de Janeiro com Tom Jobim e João Gilberto.
No início dos anos 60 vai morar para o Rio de Janeiro, onde grava dois discos na Philips. Convidado por Paul Winter, em visita ao Brasil, segue para os Estados Unidos onde reside por sete anos, grava sete discos e tem suas músicas gravadas por grandes nomes da música americana, como também participa de shows com músicos importantes, faz turnês pelos Estados Unidos com Paul Winter e no Japão com Stan Getz. Retorna à Florianópolis em meados de 70, monta uma gravado Itagra , onde produz alguns trabalhos e grava seu último disco o “Mestiço”.
Em 9 de julho de 1985, aos 47 anos, ao final de uma noite de trabalho, um automóvel desgovernado chocou-se contra o automóvel de Luiz Henrique. O artista morreu de forma prematura, deixando a música e a Ilha e Santa Catarina órfãos do seu talento e legado musical.
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Fabíola Beck
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