sábado, 29 de agosto de 2009

PAR/Prêmio Adicional de Renda 2009



Agência Nacional do Cinema divulga o resultado do Prêmio Adicional de Renda

A Agência Nacional do Cinema do Ministério da Cultura (Ancine/MinC) divulgou nessa quinta-feira, 27 de agosto, os resultados do Prêmio Adicional de Renda (PAR 2009), durante cerimônia realizada no auditório, no Rio de Janeiro. A Ata da Sessão da Comissão de Análise de Documentação e de Premiação foi publicada no Diário Oficial da União (Seção 1, páginas 9 e 10). Foram contempladas 21 empresas produtoras, 12 distribuidoras e 34 exibidoras.

O Prêmio, que vai injetar R$ 9,3 milhões no mercado audiovisual, tem como objetivo desenvolver e estimular os setores de produção, distribuição e exibição da indústria. O PAR é um mecanismo de apoio automático a todos os elos da cadeia do audiovisual, com base em parâmetros de desempenho de mercado.

Participaram da cerimônia de divulgação, o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, que enfatizou a importância de dar visibilidade às empresas que valorizam o produto audiovisual nacional, além de Nathália Meira de Carvalho (presidente) , Akio Assunção Nakamura, Elaine José da Silva (suplente), Marcelo Gil Ikeda, Marcos Felipe Teixeira Delfino (suplente), Roberto Gonçalves de Lima e Vanessa Teixeira de Oliveira (suplente), artistas e representantes do setor do audiovisual.

Saiba mais.

(Divulgação: Comunicação Social/MinC)
(Fonte: Ancine/MinC)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Laboratório SESC Rio de Roteiros para Cinema Infantil 2008



REGULAMENTO1 - As inscrições para o Laboratório SESC Rio de Roteiros para Cinema Infantil 2008 poderão ser feitas até o dia 30 DE JUNHO DE 2008 . Não haverá prorrogação.

2 - A ficha de inscrição pode ser encontrada no site http://www.sescrio.org.br .

3 - Serão selecionados 10 (DEZ) ROTEIROS DE LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO COM TEMÁTICA INFANTIL para participar de um laboratório intensivo, que será realizado no SESC Nogueira (Petrópolis/RJ) de 07 A 10 DE OUTUBRO DE 2008 , com a participação de consultores internacionais e brasileiros. No dia 06 DE OUTUBRO DE 2008 ocorrerá o evento oficial de abertura do laboratório no auditório do SESC Rio, localizado na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

4 - Serão aceitas apenas inscrições de roteiros para filmes de longa-metragem de ficção com temática infantil.

5 - Serão aceitas apenas as inscrições postadas até o dia 30 DE JUNHO DE 2008 (a comprovação será feita pelo carimbo dos Correios).

6 - O resultado com a lista dos 10 (dez) roteiros selecionados será divulgado através de jornais e da Internet, no site http://www.sescrio.org.br , no dia 01 DE SETEMBRO DE 2008 . Os roteiristas selecionados serão contatados diretamente pela organização do laboratório na primeira semana de outubro.

7 - Para formalizar sua inscrição, o roteirista deve enviar a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada acompanhada de 3 (três) cópias de um roteiro de longa-metragem de ficção via Sedex com Aviso de Recebimento para o seguinte endereço:

LABORATÓRIO SESC RIO DE ROTEIROS PARA

CINEMA INFANTIL 2008

Caixa Postal 33116, CEP 22.440-970

Rio de Janeiro/RJ

8 - Inscrições enviadas por outro meio que não seja por Sedex e sem Aviso de Recebimento serão indeferidas.

9 - Os roteiros devem conter divisão por seqüências e diálogos desenvolvidos e devem ser impressos em papel A 4, encadernados em espiral, com capa e contracapa plástica.

10 - Na frente do roteiro deve ser colocada como primeira página uma capa de apresentação em que sejam citados expressamente o título do trabalho, o(s) nome(s) do(s) autor(es) e a indicação do número de versão ou tratamento em que se encontra.

11 - Os roteiros não selecionados não serão devolvidos e serão destruídos após a conclusão do processo de seleção.

12 - Os roteiros serão lidos por uma comissão de seleção, formada por 3 (três) profissionais do mercado de cinema brasileiro. Serão selecionados 10 (dez) roteiros de longa-metragem de ficção com temática infantil. As decisões da comissão de seleção são soberanas e irrevogáveis.

13 - Todos os custos de transporte (inclusive para os que residirem fora da cidade do Rio de Janeiro), hospedagem e alimentação dos roteiristas selecionados durante os dias de realização do laboratório serão cobertos pela organização.

14 - Como contrapartida pela participação no Laboratório SESC Rio de Roteiros para Cinema Infantil 2008, os roteiristas selecionados se comprometem a inserir nos créditos finais do filme uma cartela, entre a parte relativa ao elenco e a parte relativa à equipe técnica, em todas as suas cópias, contendo os seguintes dizeres:

O roteiro deste filme participou do

LABORATÓRIO SESC RIO DE ROTEIROS

PARA CINEMA INFANTIL 2008

15 - Ao preencher e assinar a ficha de inscrição, o roteirista (incluindo co-roteiristas e co-autores) concorda com a data de realização mencionada na cláusula 3 deste regulamento e se compromete a estar presente durante toda a duração do laboratório e na abertura do evento.

16 - Os casos omissos em relação ao regulamento serão dirimidos pela organização do laboratório.

17 - Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail labroteiro@gmail.com ou telefone (21) 2512-6859.

Li e estou de pleno acordo com todas as 17(dezesste) cláusulas contidas no regulamento.

Fórum “Pensar a Infância” discute políticas, narrativas e linguagem do cinema infantil.



28 de agosto de 2009
O Brasil passa por um momento de intenso crescimento do número de produções audiovisuais, mas curiosamente o mesmo não acontece no segmento infantil. É verdade que falta incentivo, mas existem caminhos e realizadores para o aumento de produções direcionadas à este público. Para discutir políticas, narrativas e linguagem do cinema infantil no Brasil, o Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) promove pela primeira vez o fórum “Pensar a Infância”, entre os dias 2 e 4 de setembro de 2009, no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro.

Hoje as crianças têm acesso a diversas mídias oriundas do crescimento tecnológico, mas como os filmes podem formar um olhar e educá-los dentro dessa diversidade? As obras cinematográficas sofrerão grandes mudanças com a nova geração influenciada por essas mídias? Fora estas questões, a preocupação do “Pensar a Infância” ronda a linguagem e narrativa de filmes direcionados ao público infantil; a narrativa mais adequada para cada faixa etária e a melhor linguagem para unificar a diversão com o senso crítico e reflexão são alguns assuntos que serão abordados no fórum.

Estratégias e expectativas para distribuição e incentivo para alavancar a indústria de filmes destinados a crianças também serão colocados em pauta. Como as novas mídias afetam o lançamento de filmes nacionais? Qual é a estratégia ideal de lançamento e divulgação desse conteúdo para que ela chegue ao maior número de espectadores não apenas no eixo Rio de Janeiro-São Paulo? Com quantas cópias é preciso lançar o longa e em quantas salas?

O fórum “Pensar a Infância” tem as presenças confirmadas de Sérgio Sá Leitão (Diretor-Presidente da Riofilme), Glauber Piva (Diretor da Ancine), Adriana Rattes (Secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro), Âmbar de Barros (TV Cultura), Gilberto Perin (Diretor do Núcleo de Especiais da RBS TV), Adriana Falcão (Roteirista), Carlos Saldanha (diretor de “A Era do Gelo 2” e “A Era do Gelo 3”) e Cao Hamburger (Diretor de “Castelo Rá Tim Bum” e “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias”) e acontece no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro do dia 2 ao dia 4 de Setembro.


Serviço: Fórum “Pensar a Infância”

Instituto Moreira Salles (Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea. Rio de Janeiro / RJ

02 de Setembro de 15h30 às 19h

03 e 04 de Setembro 14h às 19h

Entrada Franca

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

M o s t r a J o d o r o w s k y



Cinema Surrealista

Alejandro Jodorowsky iniciou a carreira no cinema incompreendido pelo público, até pouco tempo não havia acesso a sua obra, a não ser por exibições clandestinas ocasionais. Em 2007 o Centro Cultural do Banco do Brasil realizou um festival em sua homenagem e agora em 2009 o SESC circulará por 22 estados com a Mostra Jodorowsky exibindo seus quatro primeiros trabalhos: o curta-metragem La Cravate (1957) , e os longas-metragens Fando e Lis(1968), El Topo (1970), e A Montanha Sagrada (1973) .

Descendente de russos nasceu em 1929 no Chile , viveu no México por vários anos e na França onde reside até hoje . Jodorowsky é cineasta, dramaturgo, literato, ensaísta, tarólogo , especialista em psicomagia e fundador do Teatro Pânico. Ìcone da arte contemporânea, é um artista típico da contracultura europeia dos anos 60/70 , um criador de imagens poderosas e perturbadoras que sedimentam a iconografia latino-americana.

PROGRAMAÇÃO

DIA 24 de Agosto – segunda-feira

Filme "A MONTANHA SAGRADA"


Sinopse: Jodorowsky interpreta o papel do alquimista , que reúne um grupo de pessoas que representam os planetas do Sistema Solar. Sua intenção é submeter o grupo a uma série de ritos de natureza mística para que se desprendam de sua bagagem "mundana" antes de embarcar numa viagem em direção à misteriosa ilha de Loto. Uma vez na ínsula iniciam a ascenção à Montanha Sagrada para substituir os deuses imortais que em segredo dominam o mundo. Nunca ninguém tinha visto nada igual até a data do lançamento deste filme. Foi a grande obra ovacionada do festival de Cannes em 1973.

Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19h Abertura com o palestra sobre a vida e a obra de Jodorowsky

19h 30 Exibição do filme "A Montanha Sagrada"

ENTRADA FRANCA


DIA 25 de Agosto – terça-feira

Filme "EL TOPO"


Envolto numa roupagem alegórica e repleto de cifrados simbolismos, o filme narra as andanças de um pistoleiro místico , interpretado pelo próprio Jodorowsky , através do deserto do distante Oeste , numa epopéia surrealista na qual se superará em duelos para conseguir atribuir-se o êxito de ser a pistola mais rápida. Um encontro cósmico profundamente influenciado pelas "obras pânicas" , este filme significou o tiro de saída ao circuito alternativo das sessões malditas propulsado pelo distribuidor Bem Barenholtz.

Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19hh 30

ENTRADA FRANCA


DIA 26 de Agosto – quarta-feira

Filme "FANDO E LIS"
Baseado em suas memórias a partir da performance-art do escritor Fernando Arrabal, este filme é um mostruário de personagens perdidos que transitam lastimosamente por labirínticos caminhos de incomunicabilidade. Poesia lírica e imagens de beleza magnética são as constantes de uma história de não-amor da humanidade, que se oculta mascarado atrás dos vincos doentios da hipocresia, da aparência e da simulação.

Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19h 30

ENTRADA FRANCA


DIA 27 de Agosto – quinta-feira

Filme "LA CRAVATE"


O filme é uma versão muda de um conto de Thomas Mann , sobre uma mulher que vende cabeças e ela muda as cabeças de um poeta e de um boxeador .


Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19h 30

ENTRADA FRANCA

* Todos que participarem do evento receberão um catálogo da mostra, uma produção do SESC e do Centro Cultural Banco do Brasil com o propósito de ampliar a visão acerca da arte do cineasta.

Depois de Tudo


Depois de Tudo
(After everything / Después de todo)


Depois de Tudo, do Diretor Rafael Saar, será exibido no Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo a partir deste domingo (23/08). Serão cinco exibições: CineSESC (23/08 – 17h); Museu da Imagem e do Som (24/08 – 16h); Cineclube Grajaú (25/08 – 18h); Cinemateca - Sala BNDES (26/08 – 17h) e na FAAP (28/08 – 11h). No dia 26/08, o curta será exibido também no Perro Loco - Festival de Cinema Universitário Latino Americano na Universidade de Goiás às 14h30. Além destas exibições, Depois de Tudo foi selecionado também para os Festivais Intternacionais: Reel Affirmations 19: The Nation's LGBT Film Festival - EUA; Lesbian and Gay Film Festival Hanover, Alemanha e Hamburg International Lesbian and Gay Film Festival, Alemanha. O curta recebeu o Prêmio de Destaque em Construção Narrativa no último dia 09 de agosto no Festival Brasileiro de Cinema Universitário do Rio de Janeiro, 2009.

Sobre o filme:
Depois da despedida, a espera. Depois da espera, a volta. Depois de tudo, o que mais querem é estar juntos e um dia basta para esperarem pelo próximo. Com o elenco composto por Ney Matogrosso e Nildo Parente, Depois de Tudo, apresenta um roteiro contemporâneo, com uma história que conta uma noite da afetiva relação entre dois homens de terceira idade. Enquanto um chega do trabalho, o outro está cozinhando. Eles assistem juntos à Quando voam as cegonhas, trocam carinhos, e, no dia seguinte, se despedem.
Depois de Tudo é o sétimo trabalho de Rafael Saar, no qual dirige e também assina o roteiro. A idéia de Depois de Tudo era a princípio mostrar um casal de idosos e gays. O desenvolvimento foi muito simples porque é um filme que mostra o cotidiano. Os personagens não apresentam histórias que o cinema ou a TV mostram normalmente. O que foi feito é construir tudo da maneira mais natural e bonita possível, sem cair na pieguice.
Encontrar atores que aceitassem fazer o filme foi difícil. Rafael Saar conheceu Ney em Homem-ave (filme de Rafael que ainda está em processo de produção, no qual Ney faz a narração) e também trabalhou no documentário do Joel Pizzini sobre ele. “Levei o roteiro na casa dele, ele leu na hora e gostou. O Ney é um ator, e usa isso da melhor forma no trabalho dele com música. Não foi uma escolha propriamente dita, foi um encontro. Tê-lo no filme trouxe uma representação muito interessante pelo papel histórico que ele tem no questionamento dos padrões sexuais”, diz.
Rafael conheceu Nildo Parente através de um amigo e, quando mostrou o roteiro e falou do Ney, ele topou na hora. "Um dia ele chegou em casa com o roteiro do filme e pediu para que eu lesse. Após ver o que era a história, respondi: isso é uma proposta, né? Você quer que eu faça o filme!”, contou Ney em matéria para o site CineClick.
No filme há uma referência visual a Liberdade É Azul, de Kristoff Kieslowski. O cinema de poesia é o que atrai o diretor. Pasolini, Tarkovski, Bertolucci, Godard são os diretores que o fazem pensar e fazer cinema. As filmagens do curta foram realizadas em apenas um dia em um prédio no bairro de Botafogo (Rio de Janeiro).
Atualmente Rafael Saar filma Baby, do Brasil, um documentário em longa-metragem a partir do universo artístico da cantora Baby do Brasil, propondo como abordagem central sua busca espiritual incorporada à sua produção artística musical e cênica, como cantora, atriz e compositora. A estréia do longa está prevista para 2011.

Premiações

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - Melhor Ator - Nildo Parente
Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual - Melhor Interpretação - Ney Matogrosso e Nildo Parente
II For Rainbow - Festival de Cinema da Diversidade Sexual - Melhor Desenho Sonoro / Melhor Roteiro
Destaque em Construção Narrativa – Festival Brasileiro de Cinema universitário, Rio de Janeiro, 2009.

Festivais

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Brasília, Brasil, 2008.
Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual, São Paulo,Brasil, 2008.
II For Rainbow - Festival de Cinema da Diversidade Sexual, Fortaleza, Brasil, 2009
London Lesbian and Gay Film Festival, Londres, Inglaterra, 2009.
MIAU - Mostra Independente do Audiovisual Universitário, Goiânia, 2009.
23º Festival Mix di Milano, Mil]ão, Itália, 2009.
Festival Internacional de Cine Gay-lesbo-trans de Bilbao, Bilbao, Espanha, 2009.
Gay and Lesbian Film Festival of Tel Aviv, Tel Aviv, Israel, 2009
Festival Brasileiro de Cinema Universitário, Rio de Janeiro, 2009.
Reel Afirmations: The Nation's LGBT Film Festival, Washington, EUA, 2009
Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, 2009
Perro Loco - Festival de cinema universitário latino-americano, Goiânia,

Sobre o diretor
Graduado em Cinema e Vídeo pela Universidade Federal Fluminense em 2008, dirigiu seis curtas-metragens, entre eles A CARTA (2006) que participou de mais de 10 festivais no Brasil e no exterior. MEDO DA ETERNIDADE (2008) ganhou o 2º lugar no Prêmio Clarice Lispector pela adaptação da crônica da escritora. O primeiro documentário PINTINHO ganhou Menção Honrosa no 13º Festival Brasileiro de Cinema Universitário e DEPOIS DE TUDO, com os atores Nildo Parente e Ney Matogrosso, com 06 prêmios, incluindo Melhor Ator para Nildo Parente no Festival de Cinema de Brasília. Atualmente trabalha como assistente de direção do filme “Olho nu”, do cineasta Joel Pizzini, documentário sobre o cantor Ney Matogrosso e na direção de uma cine-biografia da cantora Baby do Brasil.

Filmografia
2008 – Depois de tudo, 12 min, 35mm.
2008 – Pintinho, 7 min, DV.
2008 - Medo da Eternidade, 9 min, 35mm.
2006 – A Carta, 15, min, DV.
2005 – Auto-sexo, 1 min, DV.
2005 – Funeral, 1 min, DV.


FICHA TÉCNICA
Direção: Rafael Saar
Roteiro: Rafael Saar
Elenco: Nildo Parente, Ney Matogrosso
Direção de Produção: Érico Silva Muniz
Direção de Fotografia: Nicolas Contant
Direção de Arte: Luciano Fernandes
Figurino: Maria Fernanda Corrêa
Som direto: Eduardo Silva
Edição: Rafael Saar
Edição de som e mixagem: Eduardo Silva
Produtora: UFF – Universidade Federal Fluminense
Ano de produção: 2008
Ficção, Colorido
Duração: 12’
Formato de captação: HD
Janela: 16:9
País de origem: Brasil
Assessoria de Imprensa: Paulo Henrique de Moura

Contato:
Rafael Saar
Endereço: Rua Moreira Cesar nº38 / 903, Icaraí, Niterói – RJ. CEP: 24230-050
e-mail: rafaelsaar@gmail.com Tel.: 55 (21) 8296-0520 / 2622-8402

UFF – Departamento de Cinema e Vídeo
Endereço: Rua Lara Vilela, 126, Ingá, Niterói-RJ. CEP 24210-590
e-mail: cinevi@vm.uff.br Tel.: 55 (21) 2629-9760

Assessoria de Imprensa:
Paulo Henrique de Moura: 55 (47) 9605 1426 Email: paulohmoura@gmail.com

Trailer do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=SfreDB84lTk&feature=response_watch

Entrevista com Rafael Saar e Ney Matogrosso no programa ZOOM da TV Cultura:
http://www.youtube.com/watch?v=kzY7ndyt9DA

11º Catavídeo


Inscrições abertas para o 11º Catavídeo

De 24 de agosto a 24 de setembro de 2009 produtores catarinenses poderão inscrever suas realizações audiovisuais na principal janela de exibição da produção local

Em 2009 a principal janela de exibição do audiovisual independente de Santa Catarina chega a sua décima primeira edição. Ao longo dessa jornada já passaram pela mostra aproximadamente 800 obras produzidas em Santa Catarina ou por catarinenses.

Dividido em oficinas profissionalizantes , mesas de debates e mostra de vídeos, o principal objetivo do Catavídeo - Mostra de Vídeos Catarinenses é estabelecer um canal livre de exibição e discussão entre os realizadores de audiovisual e o público espectador no estado de Santa Catarina.

Além de formar público e incentivar a troca de experiências entre os realizadores do Estado, a mostra também pretende incentivar ainda mais a produção audiovisual de vídeo e novos formatos, fornecendo ferramentas de capacitação profissional para os que já produzem audiovisual no Estado e para aqueles que pretendem iniciar a jornada como produtores de vídeo nas suas mais diversas temáticas.

Realizado pela Associação Cultural Alquimídia e o Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis (FUNCINE), em parceria com o SESC-SC, o Catavídeo abre suas inscrições no dia 24 de agosto e ficará aberta até o dia 24 de setembro de 2009.

O regulamento e a ficha de inscrições (para preenchimento on-line ou download) estão disponíveis no site www.catavideo. org.

Outras informações:
FUNCINE - Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis.
Forte Santa Bárbara, Centro, CEP: 88010-410, Florianópolis / SC

Expediente: 13h30min às 18h (de segunda a sexta-feira)
Fone: (48) 3224-6591 / (48) 9989-4215
E-mail: catavideo@alquimidi a.org

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prata da casa...




“Domésticas para vida: quando o trabalho é na casa do outro”
Ficha técnica:

Produção, Roteiro e Direção: Paulo Henrique de Moura
Direção de Fotografia: Paulo Henrique de Moura
Assistente de Direção: Ilana Coelho
Assistente de Produção: Herivelto Dias Correa Jr.
Imagens: José Fernando dos Santos e Pedro dos Santos
Som: Herivelto Dias Correa Jr. e Ilana Coelho
Edição e Finalização: Marlon Gamba
Projeto Gráfico: Júlio Castelain
Trilha: Paulo Henrique de Moura

Atualização do blog do documentário com algumas reportagens que saíram sobre o mesmo.

Jornal A Notcícia - 31 de maio de 2009. | N° 420
CAPA
Na casa do outro

Durante mais de 20 anos a mãe de Paulo Henrique de Moura trabalhou como doméstica. Aos 17, a mineira Maria das Graças viajou para São Paulo em busca de melhores condições de vida. O primeiro emprego que conseguiu foi como arrumadeira. A partir daí, trabalhou em várias casas, em algumas sendo bem tratada e em outras enfrentando dificuldades e até humilhações...


Leiam mais em:

http://domesticasparavida.blogspot.com/

Paulo Henrique de Moura
Jornalista

<

“Domésticas para vida: quando o trabalho é na casa do outro” é sobre três mulheres que moram a menos de 20 minutos de distância uma da outra. Apesar de trajetórias diferentes, elas têm em comum a profissão: são empregadas domésticas. Um trabalho que não é visto como uma carreira a ser seguida, mas uma sina, algo que o destino reserva para algumas pessoas. “Domésticas para vida: quando o trabalho é na casa do outro” não retrata as empregadas como vítimas, e sim como pessoas que exercem essa atividade porque precisam e outras porque gostam dela. Mostra ainda, que merecem reconhecimento pelo trabalho que desempenham.

Cine Luz

Reflexões, informes e outras intervenções cinematográficas

O blog Cine Luz...
http://cine-luz.blogspot.com/

blogueiro Fifo Lima

Florianópolis, Brazil
Jornalista, autor de textos aleatórios
e interessado em cinema

fifolima@gmail.com

terça-feira, 18 de agosto de 2009

MOSTRA DE CINEMA JODOROWSKY



ABERTURA COM PALESTRA SOBRE A JODOROWSKY
Período: 24-27/08
Local: Univali-Itajaí (Biblioteca Central)
Horário: 19h30
ENTRADA FRANCA

O projeto é uma parceria do Sesc com Centro Cultural Banco do Brasil. A mostra será composta pelos filmes:

“A montanha mágica”



DIA 24 de Agosto – segunda-feira

Filme "A MONTANHA SAGRADA"

Sinopse: Jodorowsky interpreta o papel do alquimista , que reúne um grupo de pessoas que representam os planetas do Sistema Solar. Sua intenção é submeter o grupo a uma série de ritos de natureza mística para que se desprendam de sua bagagem "mundana" antes de embarcar numa viagem em direção à misteriosa ilha de Loto. Uma vez na ínsula iniciam a ascenção à Montanha Sagrada para substituir os deuses imortais que em segredo dominam o mundo. Nunca ninguém tinha visto nada igual até a data do lançamento deste filme. Foi a grande obra ovacionada do festival de Cannes em 1973.

Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19h Abertura com o palestra sobre a vida e a obra de Jodorowsky

19h 30Exibição do filme "A Montanha Sagrada"

ENTRADA FRANCA

“El Topo”



DIA 25 de Agosto – terça-feira

Filme "EL TOPO"

Envolto numa roupagem alegórica e repleto de cifrados simbolismos, o filme narra as andanças de um pistoleiro místico , interpretado pelo próprio Jodorowsky , através do deserto do distante Oeste , numa epopéia surrealista na qual se superará em duelos para conseguir atribuir-se o êxito de ser a pistola mais rápida. Um encontro cósmico profundamente influenciado pelas "obras pânicas" , este filme significou o tiro de saída ao circuito alternativo das sessões malditas propulsado pelo distribuidor Bem Barenholtz.

Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19hh 30

ENTRADA FRANCA

“Fando e Lis”



DIA 26 de Agosto – quarta-feira

Filme "FANDO E LIS"

Baseado em suas memórias a partir da performance-art do escritor Fernando Arrabal, este filme é um mostruário de personagens perdidos que transitam lastimosamente por labirínticos caminhos de incomunicabilidade. Poesia lírica e imagens de beleza magnética são as constantes de uma história de não-amor da humanidade, que se oculta mascarado atrás dos vincos doentios da hipocresia, da aparência e da simulação.

Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19h 30

ENTRADA FRANCA

“LaCravate”.



DIA 27 de Agosto – quinta-feira

Filme "LA CRAVATE"

O filme é uma versão muda de um conto de Thomas Mann , sobre uma mulher que vende cabeças e ela muda as cabeças de um poeta e de um boxeador .


Local: Biblioteca Univali- Itajaí

Horário: 19h 30

ENTRADA FRANCA

* Todos que participarem do evento receberão um catálogo da mostra, uma produção do SESC e do Centro Cultural Banco do Brasil com o propósito de ampliar a visão acerca da arte do cineasta.
O Período de realização é de 24 a 27 de agosto de 2009.
Jodorowsky iniciou sua carreira no cinema incompreendido pelo público. Era 1968, exibição de Fando e Lis no Festival de Acapulco no México. O diretor teve que sair do teatro pela porta dos fundos. Já o segundo longa-metragem, lançado timidamente em uma madrugada de 1970, nos EUA, ganhou enorme repercussão, devido a admiração expressa de John Lennon e Yoko Ono, que assistiram incidentalmente à película. El Topo obteve assim bilheteria expressivae ficou marcado como o primeiro “Midnight Movie”, mudando para sempre a estratégia de promoção dos filmes underground.
Cineastra, dramaturgo, literato, ensaísta, tarólogo e especialista em psicomagia, Jodorowsky é fundador do teatro do pânico com os surrealistas espanhóis Arrabal e Topor. É também reconhecido como grande autor de histórias em quadrinho, e considerado um dos percussores da arte multimídia.
Os participantes da mostra recebem um catálogo sobre a vida e a obra deste cineastra produzido em parceria entre o SESC e o Centro Cultural Banco do Brasil. A Mostra Jodorowsky promovida pelo SESC exibe seus quatro primeiros trabalhos: o curta-metragem Le Cravate (1957), e os longas-metragens Fando e Lis (1968), El Topo (1970) e A Montanha Sagrada (1973).

O alquimista Jodorowsky


Cena do filme "Fando e Lis", de Alejandro Jodorowsky

O cineasta chileno tem seus primeiros filmes, como "Fando e Lis", relançados em DVD na Grã-Bretanha

Conhecido por seu cinema de transgressão e por mesclar símbolos místicos com imagens surreais, o diretor e dramaturgo Alejandro Jodorowsky (nascido em 1929) faz parte de uma leva de artistas pouco preocupados em agradar o público e fazer concessões.
Suas obras não poupam banhos de sangue, estão carregadas de personagens mutilados e provocações profanas. Ele se autodefine como “ateu místico”. Um poeta visual de sensibilidade esotérica, capaz de enfiar no mesmo caldeirão cartas de tarô, ensinamentos budistas e influências católicas. E que faz da mistura seu caminho próprio para alcançar o nirvana.
Até pouco tempo atrás, era praticamente impossível ver os filmes de Jodorowsky. Por conta de um litígio envolvendo o diretor e seu produtor, Allen Klein, suas duas obras-primas, “El Topo” (O Topo, 1970) e “The Holy Mountain” (A Montanha Sagrada, 1973), foram retiradas de circulação e ameaçadas de serem queimadas por Klein.
Nesse longo intervalo entre 1974 e 2004, a única maneira de exibir as películas era por meio ilícito. O próprio Jodorowsky, irritado com a atitude de seu produtor, passou a incentivar publicamente a cópia ilegal dos filmes e a distribuição por vias alternativas.
O desentendimento terminou quando o filho de Klein ligou para Jodorowsky sugerindo um encontro e uma reconciliação. Isso há três anos. Houve a partir de então a liberação das cópias e um relançamento de seus filmes. “Fando e Lis” (1968) e “El Topo” foram exibidos no Festival de Cannes de 2006, após passarem por um processo de restauração.
O resultado está agora disponível em DVD na coleção lançada em Londres pela Tartan Vídeo. São seis discos contendo os três primeiros filmes de Jodorowsky –“Fando e Lis”, “El Topo” e “The Holy Mountain”-, o curta-metragem “La Cravate” (de 1957), um documentário de Louis Mouchet, com entrevistas e comentários de amigos e parceiros de trabalho do diretor, além da trilha sonora disponível em CD.

Um começo tumultuado
A estréia de Jodorowsky no cinema não poderia ter sido mais conturbada. Em 1968, quando foi apresentado o filme “Fando e Lis” aos mexicanos no Festival de Acapulco, houve vaias e quebra-quebra durante a sessão.
Os espectadores, na maioria jovens, ficaram inconformados com a violência aparentemente gratuita exibida na tela. No término da exibição, Jodorowsky teve de deixar o teatro pelas portas do fundo, escoltado até entrar no carro e debandar dali. Após a tumultuada noite, o filme foi banido em território mexicano.
Apesar de o enredo por si só gerar suficiente polêmica e dar margem a controvérsias, o contexto no México era bastante delicado e pode aventar, em certa medida, a fúria da platéia. O ano de 1968 foi marcado por intensos confrontos entre estudantes e tropas da polícia mexicana, lideradas pelo governo linha-dura de Gustavo Días Ordaz. No dia 2 de outubro, na praça de Três Culturas, aconteceu um extermínio em massa perpetrado pela polícia e por grupos paramilitares contra os estudantes que protestavam ocupando o local.
A ação de choque foi batizada de “massacre de Tlatelolco”, em referência aos conjuntos habitacionais da região. Talvez por julgar o teor da obra como um ato alienado diante do calor do momento, a verdade é que o filme teve sua repercussão prejudicada.
Antes de ser adaptado para as telas, Jodorowsky e o dramaturgo espanhol Fernando Arrabal encenaram, por um ano, a peça “Fando e Lis”. Entusiasmado com o efeito conquistado no palco, Jodorowsky resolveu transpô-la para o cinema. “Eu adoro a peça de Arrabal porque tem uma espécie de pureza infantil num mundo sadomasoquista”, disse.
A história do filme tem pequenas alterações em comparação ao texto original escrito por Arrabal. Jodorowsky optou por uma adaptação sem roteiro, confiando apenas nas recordações que tinha da peça. Fez desse processo uma nova obra, com elementos surreais introduzidos na jornada do casal de adolescentes.
Fando mantém uma relação de dependência com Lis, uma garota indefesa e traumatizada por fantasmas da infância. Os dois caminham pelo deserto, atrás de uma terra imaginária, representada como um ideal inalcançável, chamada Tar.
Alternam-se no caminho solitário traçado pelo casal, situações insólitas, como uma passeata de travestis e a voracidade de velhas burguesas sedentas pelo corpo de um jovem rapaz. À medida que Fando tenta se libertar de Lis, ele percebe como se tornou impossível seguir o caminho sozinho.
De fato, aparece em um dos letreiros do filme: “Trata-se de um único corpo com duas cabeças”. Jodorowsky faz da obra uma viagem psicológica e espiritual rumo aos antepassados, com a difícil missão de romper os laços e seguir em frente.
“Fando maltrata a desamparada Lis como se ela fosse um brinquedo, batendo e ameaçando deixá-la, embora isso o deixe amargurado; ele deve destruí-la para perceber o quanto ele na verdade a amou”, diz David Church em artigo para a revista “Senses of Cinema”.
A fábula apresentada em “Fando e Lis” guarda uma aparência primitiva, de um mundo remoto, com referências ao convívio de Adão e Eva nos primórdios da vida; e carrega também traços barrocos ao estilo de Glauber Rocha –uma influência confessada pelo diretor–, além de flertar com a atitude iconoclasta de Buñuel.

”El Topo” e o “midnight movie”
O filme seguinte de Jodorowsky, “El Topo”, partiu da mesma premissa: seria uma viagem espiritual em busca da transcendência. É importante ressaltar que em ambos os filmes o que está em jogo é uma revolução em termos de indivíduo, bem longe de ser um panfleto com o objetivo de transformação social. Com “El Topo”, ele fez uma paródia ao western norte-americano e foi responsável pelo nascimento de um novo conceito em termos de marketing do filme underground, que deu impulso à formação do público “cult”.
“El Topo” começa com uma passagem repetida várias vezes por Jodorowsky: a necessidade de abolir tudo o que remete ao passado para poder avançar no seu próprio caminho. Um pistoleiro ordena ao filho nu que ele enterre na areia do deserto a fotografia da mãe e um brinquedo. Os dois seguem a uma aldeia onde acabou de ocorrer um massacre. El Topo, o pistoleiro, sai em busca dos culpados pela tragédia. Mata e castra o mandante do crime, Colonel, e executa seus comparsas.
Na aldeia, resgata uma mulher e resolve abandonar o filho e fugir com ela. Ao deixar a vila, proclama que é Deus e goza do seu poder fazendo milagres no deserto, como prover alimento para seu sustento e criar fontes de água. Como prova de seu amor pela garota, promete-lhe matar os quatro grandes mestres do deserto e assim se tornar o maior pistoleiro do local.
Jodorowsky resumiu o filme como “a história de um homem em busca da espiritualidade, em busca da paz”. A verdade é que várias cenas têm uma relação direta com a própria vida do diretor, cuja ligação com o pai sempre foi bastante melindrosa. “Certo dia, eu era uma criança de seis anos e fui com meu pai à praia. O carro quebrou e meu pai teve de me carregar por uns quatro quilômetros até o mar. Acho que esse foi o único contato de pele que tive com ele”, diz, em entrevista no documentário que acompanha a coleção.
“El Topo” estreou sem alarde nos EUA no dia 18 de dezembro de 1970, numa sessão programada para a uma da madrugada, no teatro The Elgin. E só conseguiu ser exibido graças aos esforços do distribuidor Ben Barenholtz.
Um fato inusitado, porém, garantiu a sua repercussão imediata. John Lennon e sua esposa Yoko Ono assistiram ao filme e ficaram fascinados com o que viram. O músico ajudou a divulgá-lo entre os críticos e fãs, além de entrar em contato com seu manager a fim de apoiar Jodorowsky no seu próximo projeto.
Com tamanha credibilidade, e difundido pelos cantos no boca-a-boca, “El Topo” conseguiu uma expressiva bilheteria e ficou marcado como o primeiro “midnight movie”, expressão usada pelos americanos para classificar filmes de baixo orçamento e de “conteúdo proibido” que eram encaixados nos últimos horários dos cinemas.
“O êxito de ‘El Topo’ mudou para sempre a maneira como filmes underground eram promovidos: o fenômeno ‘midnight movie’ tinha nascido. Jovens cineastas como John Waters e David Lynch ficariam famosos aproveitando a onda. Foi propagada uma cultura de projeção que privilegiou filmes marginais, como o gângster ‘The Harder They Come’, além de renovar o interesse em autores negligenciados, como Tod Browning (‘Freaks’) e Ed Wood (‘Glen or Glenda?’)”, analisa Ben Cobb, autor do livro “Anarchy and Alchemy: The Films of Alejandro Jodorowsky”.

Odisséia espiritual
Três anos após o sucesso de “El Topo”, Jodorowsky embarcou em mais uma odisséia espiritual com “The Holy Mountain”, inspirada na expedição a uma montanha mágica descrita por René Daumal em “Mount Analogue”. O próprio diretor interpreta um alquimista que convoca um grupo de pessoas para alcançar o pico de uma colina na região de Lotus Island, onde se encontram sacerdotes imortais. A missão é chegar até lá e desvendar o segredo da eternidade.
Quase todos os convocados são típicos burgueses que passaram a vida com a única ambição de acumular fortuna. Antes de iniciar o périplo rumo à montanha, eles são obrigados a abdicar do dinheiro e deixar de lado a individualidade em nome do grupo. É como se fosse um processo de purificação ordenado pelo alquimista. Ao alcançarem o topo, são surpreendidos pela presença de bonecos de pano, vestidos como se fossem os sacerdotes imortais.
Todos começam a dar risada e a câmera afasta-se num “zoom out”, revelando o microfone, o homem da claquete, as luzes e toda a equipe de filmagem. O segredo da imortalidade não é desvendado, e Jodorowsky mostra-nos como a experiência cinematográfica é uma ferramenta limitada para se alcançar a transcendência.
“Quebrar a ilusão do filme é necessário porque a vida real nos espera, ele diz, sugerindo que o filme como uma experiência espiritual tem limites. E os espectadores devem ultrapassá-los para uma verdadeira transformação nas suas vidas”, afirma David Church.

O Movimento Pânico
Jodorowsky vive atualmente na França e passa seu tempo organizando encontros de leitura voluntários. Toda quarta-feira, reúne interessados e discípulos para ler trechos de obras na maioria das vezes espirituais. Há 14 anos, cumpre essa mesma rotina, segundo o próprio, sem cobrar nada, apenas juntando contribuições para quitar o aluguel da casa onde leciona. Atua como um líder espiritual, interpretando com gestos cada palavra e buscando investigar a alma humana.
“Há um tempo eu comecei a tratar das doenças emocionais do ser humano”, diz o diretor no documentário “La Constellation Jodorowsky” (1994), parte integrante da coleção. Por prestar-se a diversas atividades, como o teatro, a literatura, a história em quadrinhos e a psicologia, Jodorowsky não pôde concentrar seus esforços unicamente na carreira cinematográfica. Fez até o momento sete longas-metragens, uma produção considerada pelo próprio cineasta como diminuta.
Foi no teatro, no entanto, que a predileção artística de Jodorowsky irrompeu. Apesar de ter nascido em fevereiro de 1929 numa pequena cidade litorânea do Chile, chamada Iquique, iniciou sua carreira como mímico e ator em um circo na capital Santiago. Aos 23 anos, abriu sua própria academia de teatro com 50 atores.
Ao notar o espaço restrito para aceitação do seu trabalho, resolveu mudar-se para a França, onde se juntou à trupe de Etienne Decroux, ator e diretor francês, para estudar expressão corporal e técnicas de imitação. Com Marcel Marceau, um dos pupilos de Decroux, escreveu várias peças. Nos anos 50, transferiu sua produção teatral para os palcos do México. Participou de mais de 100 peças, entre elas, uma adaptação escandalosa de “Fim de Partida”, do irlandês Samuel Beckett.
Graças a seus encontros com o escritor francês e principal teórico do surrealismo, André Breton, Jodorowsky passou a incorporar elementos oníricos à sua obra, embora não compactuasse com certos preceitos do movimento. Tendia mais a buscar referências na cultura popular. Em 1962, uniu-se ao dramaturgo espanhol Fernando Arrabal e ao pintor francês Roland Topor para fundar o Movimento Pânico, uma corrente de pensamento e expressão artística concebida em homenagem ao deus grego Pan.
A partir de três elementos básicos –terror, humor e simultaneidade-, o movimento postulava transcender os limites impostos pela sociedade e buscava rechaçar a seriedade artística com uma explosão criativa sem regras. Nas palavras de Fernando Arrabal: “O pânico é a crítica da razão pura, é o convívio sem leis e sem mando, é a ode ao talento louco, é o antimovimento, é a arte de viver (que leva em conta a confusão e o azar)”. Peças como “Cabaret Trágico” foram inspiradas nos mandamentos preconizados pelo movimento.

Por Fernando Masini

Oficina de Dramaturgia Audiovisual



A nona Oficina Orlando Senna de Dramaturgia Audiovisual de Lençóis, que acontecerá de 8 a 19 de setembro, está recebendo inscrições. Os candidatos devem enviar dois argumentos ou sinopses, com menos de 3 mil caracteres, para oficina.roteiro@ gmail.com, onde também poderão obter mais informações.

As Oficinas de Dramaturgia Audiovisual acontecem em Lençóis, na Chapada Diamantina da Bahia, desde o ano 2000. Filmes como Cães de Adler Kibe Paz, Sub Urbano de Felipe Kowalczuk, Um outro de Francisco e Alba Liberato, Brilhante de Conceição Senna, Vermelho rubro do céu da boca de Sofia Federico e o inédito O jardim das folhas sagradas de Pola Ribeiro foram desenvolvidos ou gestados nessas oficinas. Na última edição, no ano passado, foram trabalhados os roteiros dos DOCTVs Champs e os Ladrões de Cinema de Felipe Kowalczuk e Álbum de Família de Wallace Nogueira.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Curta-metragem “semivida.” com gravações no fim-de-semana em Itajaí


O curta-metragem “semivida.”, novo trabalho da Tac Produções, terá suas gravações durante este fim de semana. O filme, de cerca de 15 minutos de duração, é dirigido por Diego Lara e será rodado em diversas locações nas cidades de Itajaí e Navegantes. O projeto é apoiado pela Fundação Cultural de Itajaí, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Porto de Itajaí.

De acordo com o diretor, “semivida.” mostra o fim de uma relação sob uma ótica fantástica. Passeando em uma rua deserta, o casal Sandro e Mara caminha para o fim – do relacionamento e de suas vidas.

Sandro é um roteirista de documentários. Mara é escritora de pequenos romances e contos. Eles dividem uma vida, sonhos, anseios e planejam um futuro brilhante. Tudo parece normal, até que um deles confessa que o outro não passa de um mero personagem em um roteiro esquecido.

Perdido entre a realidade e a ficção, “semivida.” passeia entre o amor e a perda de forma suave, brilhante e simples. Com um roteiro contundente, utilizando os antigos modelos de amor e paixão, estes personagens são o reflexo de uma sociedade onde cada vez mais o isolamento e a solidão moldam as pessoas.

A procura de um “certo alguém” nos coloca em uma busca de ideais e sentimentos que há anos estão perdendo o sentido real. “Este curta metragem serve para nos mostrar que certas coisas sempre serão maravilhosas. Principalmente se elas existem somente em nossas cabeças.” reflete Diego Lara.

Este é o primeiro trabalho de ficção da Tac Produções e de Diego Lara, que também escreveu o roteiro do filme. A direção de produção ficou a cargo de Sheila Calgaro e a direção de fotografia é de Flavio Roberto. Os personagens principais serão interpretados pelos atores Daniel Costa de Souza e Bruna Machado.

“É um novo desafio, sair de uma leva de produções de documentários internacionais e começar a trabalhar com ficção. Nossa região precisa de mais trabalhos autorais neste sentido, para fomentar um novo mercado de produção e profissionais nesta área”, salienta Lara.

Contatos: (47) 3249 0931 – (47) 8458 4314
www.tac.art.br

“Clube de Cinema Idoso em Foco”



“Clube de Cinema Idoso em Foco” expande suas atividades para os Asilos

O Projeto “Clube de Cinema Idoso em Foco”, que leva cultura e informação até os idosos através da exibição de filmes, é uma parceria entre a Fundação Cultural de Itajaí e o Conselho Municipal do Idoso. Além de atender os Centros de Convivência do Idoso o programa passa, agora, a atender também os Asilos de Itajaí. A partir deste mês, os idosos do Asilo Dom Bosco e do Asilo Quatro Estações vão ser beneficiados com a exibição dos filmes.

Com o Projeto os idosos podem assistir documentários e curtas-metragens que resgatam a história de Itajaí, seus Bairros, Prédios Históricos e alguns personagens que contribuíram para a formação da cidade, resgatando a vivência de muitos idosos neste contexto. Baseado na Política Municipal do idoso, o “Clube de Cinema Idoso em Foco”, visa garantir ao idoso a participação no processo de produção, reelaboração e benefício dos bens culturais. Assim como, valorizar o registro da memória e transmissão de informações e habilidades do idoso aos mais jovens, como meio de garantir a continuidade e a identidade cultural.

Através da garantia desta Política Municipal ao Idoso, a Fundação Cultural também se preocupa em propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos culturais, mediante preços reduzidos, cobrando apenas o valor de meia entrada. Também incentiva os movimentos de idosos a desenvolver e vivenciar atividades culturais, todas com o respaldo da Fundação e do Conselho do Idoso, para garantir cultura, esporte e lazer para terceira idade.

Edital Curta de Animação



Foi publicada na quinta, dia 23, no Diário Oficial da União, a relação dos projetos deferidos e indeferidos no Edital Curtas de Animação, parceria inédita entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC) e a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (SAIC/MMA). Dos 167 projetos inscritos, somente 14 foram indeferidos. O prazo para recurso é de cinco dias úteis após aviso de indeferimento. Ainda não há data prevista para o resultado dos dez projetos que serão premiados com R$ 20 mil para sua produção e que serão exibidos em TVs públicas. Os vídeos deverão ter até um minuto e como tema o Aquecimento Global e Mudanças Climáticas.

Confira as listas de projetos deferidos e indeferidos.

Informações: (61) 3316-2088 ou audiovisual@cultura.gov.br, na SAv/MinC; e (61) 3317-1333 ou fabio.melo@mma.gov.br, no DEA da SAIC/MMA.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Fundo Municipal de Cinema e Grupo de Teatro Armação convidam:

Cineclube Ieda Beck - Programação Agosto/2009.Entrada gratuita!!!!
11/08/09 – Terça-feira - Sessão documentário – Lançamento!!! !

1º. Sessão: 19h
2º. Sessão: 20h
“Uma Tarrafa para Cascaes”, direção Francis Silvy. (2009/33’/Documentá rio/ Santa Catarina).
Sinopse: Na década de 1970, uma das peças da coleção de Franklin Cascaes desaparece misteriosamente do acervo do artista. Era uma pequena tarrafa de pescaria feita de uma fibra extraída das folhas de tucum, um tipo de palmeira comum em nosso estado. Era com esse material que antigamente se faziam as linhas usadas para a confecção das redes de pesca. Mais de trinta anos depois, o museólogo Peninha, da Universidade Federal de Santa Catarina tem uma missão: reconstruir uma réplica da pequena tarrafa desaparecida e, assim, completar novamente a coleção de Cascaes, um dos artistas e pesquisadores mais importantes para a cultura popular em Santa Catarina. Mas o que de início parecia apenas uma tarefa simples, se torna uma aventura emocionante em busca de histórias fabulosas e personagens encantadores.


Vencedor do Edital Prêmio Cinemateca Catarinense/ Fundação Catarinense de Cultura/ 2005.

12/08/09 – Quarta-feira - “A Hora do Coveiro” – 19h
1)“Ângelo, O Coveiro”, escrito, dirigido e encarnado por Renato Turnês. Produção Vinil Filmes. (2009/20’/Ficçã o/ Santa Catarina)
Sinopse: Ângelo é um coveiro que vive no cemitério de uma grande cidade. Um clown soturno, carente e sensível. Um monstro atrapalhado. Cercado pelas assombrações que não o deixam em paz e pelas ameaças do esquisito mundo dos vivos, suas jornadas de trabalho são bizarras aventuras do outro mundo. Mas quando Ângelo conhece uma bela e misteriosa moça, a possibilidade do amor verdadeiro pode mudar para sempre o rumo de sua vida cinzenta. Ângelo, O Coveiro é um filme de terror absurdo, uma comédia sinistra e impagável, o show solitário de um adorável palhaço expressionista. Ângelo, o Coveiro foi um dos projetos contemplados pelo Prêmio Edital Cinemateca Catarinense/ Fundação Catarinense de Cultura – 2007.


Filme convidado:

2) “Nosferatu”, direção F.W.Murnau. (1922/80’/Ficçã o/Alemanha) .
Sinopse: Clássico absoluto do expressionismo alemão, a visão de Murnau para a história do Conde Drácula, a partir do romance de Bram Stocker, ainda impressiona pela terrível atmosfera de pesadelo criada pela encenação, através do uso preciso das sombras e distorções, e pela arrepiante caracterização do ator Max Schreck.

Nosferatu será apresentado por: Sérgio Medeiros, professor de literatura da Universidade Federal de Santa Catarina. Poeta, ensaísta e tradutor. Como pesquisador dedica-se principalmente às mitologias ameríndias, cosmogonias e bestiários.

18/08/09 –Terça-feira - Noite da Animação com debate – 20h

1)“Dossiê Rebordosa”, de César Farias. (2009/16’/Animaçã o/ 35mm/projeção 1.8/ São Paulo)

Sinopse: Fama? Ego Inflado? Espírito de Porco? Quais os reais motivos que levaram o cartunista Angeli a matar Rê Bordosa, sua mais famosa criação? Utilizando a técnica da animação stop motion, este documentário investiga os bastidores deste vil crime.

2) “O Pescador de Sonhos, de Igor Pitta.(2006/ 10’/Animação/ Santa Catarina)
Sinopse: Dum mundo escuro ele sai para uma busca de um mundo de luz e cor,
percorrendo um caminho árduo e perigoso. Ao atingir esse sonho vê-o
volatilizar- se e reduzir-se novamente a solidão e silêncio, talvez por sua
precipitação. De volta ao seu mundo real volta a tentar pois precisa de
respostas e a esperança permanece viva.

3) “Leste do Sol, Oeste da Lua”, de Patrícia Monegatto Lopes (2007/12’/Animaçã o/Santa Catarina)
Sinopse: Morena, uma menina de 07 anos, segue jornada em busca da fonte da água-da-vida para desfazer o encanto de sua mãe. Pois se Morena não conseguir chegar a fonte até o Outono, sua mãe poderá permanecer boneca para sempre.

4) “Vim Dizer que Estou Indo”, de Yannet Briggiler.(2008/ 2’/Animação/Santa Catarina)
Sinopse: Fragmentos da passagem de uma gota. Livremente inspirada no conto: ¿El aplastamiento de las gotas? de Julio Cortázar.

19/08/09- Quarta-feira - "A Hora do Coveiro" - 19h

1) “Ângelo, O Coveiro”, escrito, dirigido e encarnado por Renato Turnês. Produção Vinil Filmes.
(2009/20’/Ficçã o/ Santa Catarina)
Sinopse: Ângelo é um coveiro que vive no cemitério de uma grande cidade. Um clown soturno, carente e sensível. Um monstro atrapalhado. Cercado pelas assombrações que não o deixam em paz e pelas ameaças do esquisito mundo dos vivos, suas jornadas de trabalho são bizarras aventuras do outro mundo. Mas quando Ângelo conhece uma bela e misteriosa moça, a possibilidade do amor verdadeiro pode mudar para sempre o rumo de sua vida cinzenta. Ângelo, O Coveiro é um filme de terror absurdo, uma comédia sinistra e impagável, o show solitário de um adorável palhaço expressionista. Ângelo, o Coveiro foi um dos projetos contemplados pelo Prêmio Edital Cinemateca Catarinense/ Fundação Catarinense de Cultura – 2007.


Filme convidado:

2)O Homem das Novidades, direção Edward Sedgwick/Buster Keaton
(1928/67’/Ficção/ Estados Unidos)
Sinopse: Uma das obras-primas do cômico americano Buster Keaton. É a história de Luke Shannon (Keaton) que trabalha como retratista de rua e se apaixona por Sally (Marceline Day), secretária de um cinejornal da MGM. Luke, na tentativa de se aproximar de Sally, resolve sair por Nova Iorque filmando eventos interessantes para vendê-los a MGM. Suas tentativas são uma sucessão hilariante de erros e sua intenção de impressionar a moça se transforma, muitas vezes, em uma constrangedora, mas emocionante aventura. Além de ser considerado um cômico genial, Keaton é reconhecido pela grande inventividade de seus filmes, por sua narrativa muda inteligente e por suas experimentações de linguagem que revolucionaram a comédia no cinema.


Local: Cinemateca Catarinense
Rua: Praça XV de Novembro, 344 - Centro - Florianópolis - Santa Catarin
Fone: (48) 3224.7239 / 9125.5306

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

DEAD MAN - (EUA – 1995 – 121’)



DEAD MAN - (EUA – 1995 – 121’)
Com Johnny Depp,Gary Farmer,Crispin Glover,Lance Henriksen,Michael Wincott,Eugene Byrd,John Hurt,Robert Mitchum,Iggy Pop,Jared Harris...
A obra prima de Jim Jarmusch e um dos melhores filmes estrelados por Johnny Depp. Faroeste existencialista com toques de El Topo e trilha sonora de Neil Young. William Blake é um contador perdido na cidade que envolve-se com a mulher errada e é acusado do assassinato dela e de seu ex-noivo.

COFFEE AND CIGARRETTES - (EUA - 1987/2003 – 96’)




COFFEE AND CIGARRETTES - (EUA - 1987/2003 – 96’)
Com Roberto Benigni, Cate Blanchett, Steve Coogan, Alfred Molina, Jack White, Meg White, Bill Murray, Steve Buscemi, Iggy Pop, Tom Waits, Renee French, Genius/GZA, RZA...
O filme reúne 11 histórias curtas que têm em comum o consumo de café e cigarros, com os atores representando eles mesmos. O embrião de Sobre Café e Cigarros foi um curta-metragem filmado por Jarmusch em 1986, para o programa Saturday Night Live. Neste filme, Jarmusch exercita sua maneira de ver o mundo em pequenos relatos cheios de cinismo, tédio, banalidade e silêncios.